26 junho, 2010

Sem névoa de dúvidas

" Os 3 Mesquiteiros"




Vale sempre a pena lutar
PELAS 7 FONTES !


A Estradas de Portugal (EP), desautorizou a CMBraga, acabando com uma espécie de “intenções” de contornos duvidosos, que envolviam a construção de um viaduto sobre as Sete-Fontes.
De acordo com o DM, a E.P. já tomou a decisão, “optando por um traçado de extensão reduzida e que põe a futura acessibilidade a ligar directamente o Nó do Feira Nova à unidade hospitalar, passando a sul do complexo monumental setecentista”.
Ainda segundo a supracitada fonte, “O trabalho de execução do traçado que deita por terra as pretensões da Câmara Municipal de Braga – a autarquia queria a rodovia com perfil de via urbana e a servir os projectos urbanísticos que foram apontados para o vale das Sete Fontes – entrou já na fase final e faz vingar a proposta da empresa pública que gere o parque rodoviário português.

Quem disse que não vale a pena lutar?
Quem tentou impedir a classificação como monumento nacional?


Braga saiu à rua e exigiu

As sete-fontes fizeram eco na imprensa nacional
Braga foi à Assembleia da República
Braga reclamou o que é seu
Braga venceu, Mesquita perdeu.


A Luta continua, vamos estar vigilantes e sempre prontos a denunciar as "más intenções" do bando de malfeitores que tudo faz para destruir a história da cidade de Braga.

Noitada de S. João - dos Bravos da Boa Luz

Com um espectáculo memorável do grande artista popular bracarense Vista Fina, os Bravos da Boa Luz cumpriram a tradição da noitada de S. João.
Como é da praxe as famílias trouxeram de casa os seus farnéis, uns de cabrito, outros de churrascos e outros de sardinha assada na brasa, ali mesmo confeccionada, mas melhor regada, ou com água de Leça, ou maduro, ou com um verdasco.
Eram cerca de três centenas de membros, dos 3 aos 89 anos, que desde as 20h. até às 4 da madrugada, festejaram a noite maior de Braga.


Ao S. João abro as portas
Dos Bravos da Boa Luz
Foi ali no Campo das Hortas
Que baptizaste Jesus

Festejamos o S. João
Uma festa sem paralelo
Como é da tradição
Não faltou vinho a martelo

S. João todo catita
Na capela rezo a teu lado
Nunca entrarei na Mesquita
Jamais usarei o Machado

22 junho, 2010

Em memória do "homem livre e insubmisso" - II



Ademar F. Santos - um mês após

Alguns amigos, estranhando o silêncio, perguntam-me se morri. Não tenho passado bem, mas não morrri. Espero ressuscitar...
A todos, agradeço a preocupação... (Ademar, 21/05/2010)


Neste dia, o nosso amigo Farricoco não podia deixar de nos brindar com este (in)esperado tesouro sobre os primórdios da luta contra a corrupção e contra a destruição do património bracarense.
Os artigos do Ademar mantêm-se actuais bem como os seus protagonistas que (ainda) continuam a ser os mesmos.


O caderno sobre Tibães foi publicado na edição do Expresso de 27 Março 1982. Penso que poderá ser consultado e reproduzido na Biblioteca pública de Braga.

Fomos alertados para o seguinte:
Falta a expressiva 1ª pag do caderno, que tem como título MOSTEIRO DE TIBÃES - QUANDO AS ARVORES MORREM DE PÉ e refere que a autoria do texto é do Ademar. Acho que vale a pena divulgá-la. (Farricoco!!!!! mais uma boa acção, só tu nos podes salvar)








20 junho, 2010

Arraial de S. João é no Campo das Hortas.

Os Bravos da Boa Luz, que ainda não curaram a "ressaca" das marchas do S. António, estão a ultimar os preparativos para as marchas do S. João. Os Bravos conseguem pôr toda a gente a bailar e toda a gente a marchar.
Felicidades e parabéns pelo trabalho em prol da comunidade.
Viva o "S. João das Hortas"


Exmos. Srs.,
A nossa Associação como é de costume, vai organizar o Arraial de S. João, na grande noite das Festas de Braga, no Jardim dos Chorões junto do Campo das Hortas.
Como sempre, a familia dos Bravos trás de casa os seus haveres para o grande Piquenicam.
No entanto, este ano para quem não se quiser dar ao trabalho, haverá serviço de Bar/Restaurante, aonde além de outras iguarias vai ser servido SARDINHA ASSADA.
Como sempre, vai haver animação e espectáculo musical.
Atentamente
Evandro Lopes

Entrega das (en)comendas da CBM pelo S. João

CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA
CONDECORAÇÕES OFENSIVAS AOS TRABALHADORES

No passado dia 17 de Junho, do corrente ano de 2010, li no Jornal Diário do Minho, que a Câmara Municipal de Braga, no próximo dia 23, véspera da festa de S. João, vai condecorar os seus Funcionários Públicos, adiante designados por FP, que completaram x anos de serviço, entre os quais se destaca o Director-Geral da Agere – Empresa de Águas de Braga, E.M. (Mário Araújo), porque é o único que vai receber a medalha de ouro, dado que está ao serviço dessa Empresa (antigo SMAS) há mais de 35 anos.

Vou explicar quais foram os méritos deste “funcionário público exemplar”:
- Toda a gente sabe que infelizmente a principal habilitação necessária para ingressar na FP (Função Pública) é ser amigo do “SR. CUNHA”;

- Mesmo assim, tal como hoje, há 35 anos, quem tivesse uma licenciatura, a sério e, não apenas um canudo ou papel, não estaria interessado em ser FP, porque na verdade, já nessa época, quem tivesse verdadeiro valor, era muito melhor remunerado nas Empresas Privadas (talvez este tivesse optado pela FP por ser patriota!);

- Mas este FP, de facto, deve ter muito mérito, porque se assim não fosse, não estaria há tanto tempo no cargo de DG da Agere, ou será que é apenas um “pau-mandado” do dono!? (lembram-se como pequeníssimo exemplo, quando ele fez parte do júri, que transformou um experiente montador de cortinados, em encarregado de toda a frota (parque-automóvel) e respectivo pessoal da Agere. Claro que tinha a seu favor o facto de ser tio do ex-arbitro Augusto Duarte, o tal da fruta de dormir)

- Não! Este FP para conseguir esta medalha teve que transpirar muito (quando está calor). Agora a sério, aqui vão algumas das razões, pelas quais este FP merece a medalha:
1ª - Teve que manter-se vivo durante todos estes anos;
2ª - Entrar às nove e sair religiosamente às cinco (entre uma hora e a outra, deixar pelo menos o casaco no gabinete e ir tratar da vidinha dele);
3ª - Não mudar de entidade patronal (correndo sério risco de não conseguir ganhar a medalha)
4ª - Receber religiosamente ao dia 23 de cada mês o salário (trabalhasse muito, pouco ou nada);
5ª - Não rejeitar todas as mordomias (além do óptimo salário, todos os prémios possíveis para este tipo de cargos, ou tachos)
6ª - Usar como se fosse dele, um Mercedes da Agere (não é demais lembrar que pode não parecer, mas esta Empresa ainda é Municipal), com a particularidade de não gastar combustível, revisões, etc., ou seja, nada.
7ª - Exigir todos e mais alguns requisitos aos Munícipes e Empresas, sob pena de instauração de processos de contra-ordenação (excepto aos “amigos” como é óbvio) e, pasme-se, a Empresa que ele supostamente deveria dirigir, não possuir quaisquer licenças das ETARs (estações de tratamento de águas residuais), sendo alvo de várias coimas, no valor de muitos milhares de euros, que neste momento de crise muita falta fariam a muitas Empresas para salvar postos de trabalho, sei que parece inacreditável, mas infelizmente é verdade.

Sem dúvida! Estas coisas dão que pensar!
Aquele Cidadão, que tal como este FP, há 35 anos se licenciou e, porque tinha mais valor (não era amigo do tal SR. CUNHA), conseguiu emprego numa Empresa privada, que ajudou a produzir mais riqueza para este País e, por culpa de políticos como estes, que mantém estes incompetentes nestes cargos ou tachos, se vêm mergulhados nesta profunda crise e, por via desta perdem o seu emprego, porque a Empresa onde trabalhavam faliu, dá vontade de gritar …… (pensem o que acharem mais apropriado para esta situação).
Braga, 2010-06-19

Gertrudes Tomaz

18 junho, 2010

Em memória do "homem livre e insubmisso" - I

Tendo apreciado a maneira digna como nesse blog foi divulgado o desaparecimento do Ademar F Santos, envio uma carta que mandei ao director do Expresso e que foi publicada na edição do dia 12 com ligeiros cortes. Podem fazer dela o uso que entenderem.
Cordialmente,
Henrique B. Nunes


Exmo sr director do Expresso
gostaria que fosse publicada nesse semanário a seguinte carta:

EM MEMÓRIA DE ADEMAR FERREIRA DOS SANTOS

Durante alguns anos, na década de 80 do século passado, o Expresso teve uma voz e uma presença em Braga e no Minho. Chamava-se Ademar Ferreira dos Santos, foi correspondente desse jornal e a sua colaboração deixou marcas profundas. Integrou-se perfeitamente na linha de investigação jornalística que o Expresso nessa altura tão bem praticava, com uma escrita culta e de extrema contundência, ironia e coragem.

Destacaram-se as denúncias que fez sobre a gestão dita socialista da Câmara Municipal de Braga, liderada, como hoje continua a ser, por Mesquita Machado e sobre o "polvo" daí resultante cujos tentáculos procuravam esmagar tudo o que se lhe opusesse. Mas distinguiu-se sobretudo pelo combate que, ao lado da ASPA(associação de defesa do património), então encetou pela compra pelo Estado do Mosteiro de Tibães, então à beira da ruína e da delapidação totais, objectivo que foi atingido com os brilhantes resultados que hoje se conhecem. Para além de inúmeros textos dedicados ao assunto, a atestá-lo fica pra sempre o caderno ExpressoHistória, publicado em 27 Março 1982, de 12 pags., por ele totalmente redigido sob o título «Mosteiro de Tibães: quando as árvores morrem de pé» e que causou grande repercussão no país.

Ademar Ferreira dos Santos, que era um homem livre e insubmisso, faleceu repentinamente, tinha 58 anos, no dia 22 de Maio. Apesar de a imprensa ter noticiado o facto, o Expresso, que além de já ter perdido a alma também está a perder a memória, não lhe dedicou uma única linha.

Com os melhores cumprimentos,
HENRIQUE BARRETO NUNES,

Agere EM (discriminação)

Exmº Senhor
Director do Jornal Diário do Minho

Hoje dia 17 de Junho de 2010 publicaram na pag. 4 do vosso Jornal um artigo com o título:

Privados decidem como donos na gestão da Agere e da Braval.

Relativamente à AGERE, referem: “a empresa decidiu fazer um pequeno aumento salarial para todos os funcionários”. Nada mais falso, de facto o se passou foi o seguinte:

Vejam esta ordem de serviço, enviada a todos os Funcionários da Agere.

“Na sequência da Ordem de Serviço nº 5/ADM/10, de 26/01/2010, sobre o assunto em epígrafe, torna-se público o seguinte:

1. Segundo comunicação do Município de Braga, foi deliberado pelo Executivo Municipal em sua reunião de 11/03/2010 a aprovação da proposta de fixação do universo dos trabalhadores a incluir na opção gestionária, tendo sido considerados todos os que reúnam os requisitos previstos no nº 1 do artigo 47º da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro.

No caso concreto dos trabalhadores em exercício de funções na AGERE, em regime de acordo de cedência de interesse público, são abrangidos por esta medida todos aqueles que tenham atingido pelo menos cinco pontos em 31/12/2009, o que vem na mesma linha do que consta na referida Ordem de Serviço.

2. Para consulta dos interessados, procede-se à publicação da lista dos trabalhadores abrangidos por esta medida (ficheiro anexo), onde consta o número, o nome, a categoria e as respectivas menções quantitativas.

3. A alteração do posicionamento remuneratório irá ser considerada no processamento dos vencimentos de Junho, com retroactividade a 01/01/2010, nos termos da deliberação do Conselho de Administração da Agere em reunião de 14/01/2010.

4. Proceder-se-á à celebração de contrato escrito para todos os abrangidos pela alteração do posicionamento remuneratório.

A ADMINISTRAÇÃO”

Já leram? Agora com o devido respeito, eu explico.
Com esta decisão, todos os Funcionários Públicos, a prestar serviço da Agere, tiveram direito a aumento de salário, com retroactividade a 01/01/2010.

Mas, cerca de metade dos trabalhadores da Agere, não são Funcionários Públicos e destes, apenas uma pequeníssima parte tiveram esse aumento de salário, ou seja, apenas os “homens de mão” do tal Gaspar Borges.

PODE PARECER INACREDITÁVEL, MAS É VERDADE!

NA MESMA EMPRESA EXISTEM 2 SISTEMAS, FAZENDO LEMBRAR UM CERTO PAÍS QUE DENTRO DO MESMO EXISTEM 2 REGIMES.

O Presidente da Câmara que teve poderes para accionar a opção gestionária, para os Funcionários Públicos, nada o impedia fazer o mesmo para os “outros”, seria até mais fácil, dado que neste caso nada teria que justificar ao Estado. Pois! Teria que se justificar aos “sócios” privados e, aí reside o problema.

Agora vejam algumas diferenças que existem entre deveres e direitos dos funcionários a trabalhar na mesma Empresa.

Baixa médica:

Funcionários Públicos: recebem 100%

Funcionários Privados (Seg. Social): recebem 65%

Férias:

Funcionários Públicos: 25 a 31 dias

Funcionários Privados: 22 a 25 dias

Horário:
Funcionários Públicos: 7 horas/dia

Funcionários Privados: 8 horas/dia

Ainda há mais, mas fiquemos por aqui.
Se o País, o Concelho e obviamente o Presidente da Câmara é o mesmo, será compreensível, (chamemos-lhes sem reservas) este disparate? E porquê? Afinal, de facto, quem manda na AGERE’?

Só para lembrar!
O Município detém 51% do capital da Empresa e os Privados 49%. Mas não parece, pois não?!


Aníbal Acácio

12 junho, 2010

Hoje à noite - Há marchas de Santo António



Já com melhoria do tempo e portanto com muito maior adesão de público, no alinhamento do nosso programa foi a noite do grupo musical ORIGEM, tendo sido do agrado do público, e este pediu mais músicas e obrigaram o grupo de S. Mamede a ter de actuar mais de meia hora do que estava previsto.
Na noite que antecedeu a saída da Marcha de Sto. António dos Bravos, que acontecerá hoje cerca das 21,30 e percorrerá as artérias da cidade.
Começará em frente à Catedral, irá até à Arcada e descerá até ao Campo das Hortas. Findas as Marchas, será a altura do Grupo IMPROVISO animar a noite do Jardim dos Chorões.
Mas, voltando ainda ao serão de ontem, muitas foram as caras conhecidas da cidade a participar no nosso Arraial, conforme pode ser visto nas fotos em anexo, lá estava o deputado municipal Carlos Almeida, bem como caras bonitas e o nosso "Sto. António" em estágio para hoje ir no carro alegórico.

Bravo Bravos!

Animação, cultura, desporto, comícios, bebícios, etc. Todos os caminhos vão dar ao Campo das Hortas. Tudo quanto há de bom e de genuinamente bracarense, está lá.

palavras para quê?
Amanhã teremos as marchas. Eu vou, e tu?









O programa musical que estava agendado para a passada quarta feira dia 09.06.2010, foi adiado para a tarde de Domingo dia 13, pelas 15h.
Este facto ficou a dever-se à instabilidade meteorológica

As festividades estão aí.
Nota: Essa instabilidade meteorológica que afectou apenas o Campo das Hortas, também atingiu a praça situada um pouco um pouco mais acima?

05 junho, 2010

Elevação de freguesias a vila e Braga

Com relação às recentes notícias da pretensão de elevação de Celeirós a Vila, e do apoio da Câmara Municipal de Braga, venho expor a minha visão sobre esta matéria, procurando ser breve e expondo de forma sintetizada o conhecimento que pode ser retirado dos diversos dados e estudos do INE e de outras entidades de referência (CCDR-N, AMVC).

É necessário compreender o que deve ser “Braga cidade contínua”, “Braga na região”, e “Braga no panorama nacional/transfronteiriço”, com o intuito de procurar o melhor para o município, e não uma vantagem pontual para uma freguesia, que se torna num entrave na estratégia de desenvolvimento e afirmação do município.

Conhecendo e compreendendo:
- o dispersivo sistema urbano que existe, em especial no Norte Litoral de Portugal;
- o erro na concepção das principais cidades de Portugal, Lisboa e Porto, com núcleos citadinos pequenos e com arredores demasiado extensos para as cidades em questão, os quais se desenvolveram como nódulos descontínuos, em volta de pólos secundários (municípios, cidades e vilas), retirando coesão, eficiência, competitividade, poder de afirmação e crescimento às respectivas Áreas Metropolitanas (AM);
-a falta de centralidades alternativas às duas principais AM de Portugal;
-a polarização política excessiva do Norte em torno do Porto, com falta de voz política das regiões Minho e Trás-os-Montes;
-a necessidade de afirmar Braga como claramente o terceiro pólo urbano de Portugal.

Não é compreensível verificar vantagem em classificar freguesias que já fazem parte da cidade estatística de Braga (INE-2001), Gualtar, Dume, Real, Frossos, Lomar, Celeirós, Aveleda, ou outras que se encontram em zonas de expansão da área urbana, Palmeira, Adaúfe, Merelim (S.Paio e S.Pedro), Panoias, etc… como vilas só porque possuem infra-estruturas estratégicas da cidade de Braga, como a UM, Pólos Industriais, MARN, Serviços, Escolas, etc…
“Braga cidade contínua”, deve procurar prolongar a sua expansão, e pautar pela afirmação da diferença no Norte Litoral, procurando afirmar-se desta forma, a médio/longo prazo, como a maior cidade do Norte Litoral, ao invés do restante Norte Litoral, onde proliferam as vilas e cidades “intra-municipais” como em Guimarães, Famalicão, Felgueiras, Matosinhos, Gondomar, Valongo, Gaia, etc… , que retiram coesão e projecção ao município. Neste contexto a própria AMP, onde o município do Porto se apresenta demasiado pequeno e onde proliferam as cidades satélites que estão em descontinuidade com a malha urbana do Porto, fazem com que esta perca claramente poder de afirmação.

No contexto de “Braga cidade contínua”, deve procurar-se portanto a criação de Avenidas e Arruamentos de cariz citadino que prolonguem a “noção de cidade contínua”, além das freguesias de Sequeira, Celeirós, Aveleda, Lomar, Arcos, e não o inverso. Os melhores exemplos de integração das freguesias no conceito de “cidade contínua” são a Variante do Fojo e a Variante da Encosta, que levaram à transferência da zona de expansão das mesmas, para as imediações e ramificações destas estruturas rodoviárias, em vez de se constituírem como nódulos com crescimento em torno do centro “histórico” da freguesia, passaram então a constituir um crescimento em continuidade com a cidade de Braga, resultando numa evidente vantagem para o crescimento da cidade e para a mobilidade dentro do município, permitindo a Braga ser uma das cidades com maior crescimento do país, e torná-la já em 2001 na maior cidade fora da AMP e AML.

No plano regional, Braga deve procurar a criação urgente da AM de Braga, com base nos municípios de Braga, Vila Verde e Amares, que é sustentada pelos estudos de mobilidade que demonstram que mais de 20% da população activa e estudantil de Amares e Vila Verde se desloca para Braga (com base nos dados do INE de 2001), factor esse que na AMP apenas é cumprido pelos municípios de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo, sendo que a AMP já conseguiu uma expansão artificial muito além desses 6 municípios centrais, com evidentes vantagens políticas.
Com base nesta AM Braga, deve procurar-se uma expansão e integração de Barcelos e Povoa de Lanhoso, e a consolidação da área urbana contínua com Amares e Vila Verde, onde está projectada a Variante do Cávado (transversal em relação à cidade), e onde deviam também ser criadas duas Avenidas novas no sentido Sul-Norte, que à imagem da Variante do Fojo e da Encosta, criassem um crescimento contínuo com a cidade, e transferissem as novas zonas a urbanizar para as imediações dessas novas vias, e não em torno de arruamentos centralizados nas freguesias, e de acordo com as pressões imobiliárias, que só fazem perder a mobilidade global no Município, e o conceito de cidade contínua.
Além disto deve procurar-se juntamente com os membros do quadrilátero criar a AM Minho, ou Conurbação Minho (uma vez que se trata de uma AM policentrica), que devido às rivalidades existentes, não tem avançado, pelo que urge estudar a criação política da AM centralizada em Braga, que já existe na realidade, tal como acima foi referido.

Neste plano de afirmação regional e analisando o Norte Litoral, tal como consta no PROT-N, Braga tem que procurar ser a cidade referência para a sub-região Minho, e nesse sentido Braga cidade deve procurar penetrar no Vale do Ave afirmando-se como a principal centralidade, isto passa pelo desenvolvimento de novas ligações rodoviárias e ferroviárias estratégicas a Sul da cidade, onde estão as ligações às Auto-Estradas Regionais/Nacionais, e onde se destaca claramente a necessidade de criação de uma nova ligação de Braga a Joane (e à VIM), colocando assim toda a cidade mais próxima desta área do Vale do Ave, que comporta uma população superior a 100.000 habitantes e que compreende vilas de grande dimensão, como Joane, Ronfe, zona de Riba de Ave, Vila das Aves, Lordelo, Moreira de Conegos, etc…
A região de Celeirós, Aveleda, Lomar, entra claramente na zona de influência destas novas rodovias. Seria de grande importância criar uma centralidade e zona de expansão da cidade nesta zona Sul, onde se deveriam implantar serviços, comercio e investimentos de projecção regional e transfronteiriça, como por exemplo IKEA, El Corte Inglês, sedes de empresas, serviços públicos, etc… A intenção é criar uma centralidade junto aos nós das AEs que além de ser referência para Braga e AM Braga (acima descrita), seja também referência para o Vale do Ave, restante Minho, Trás-os-Montes, e ainda para a AMP e Espanha, além da criação da plataforma logística Braga/Barcelos (que consta da revisão do PDM). Como tal, torna-se necessária requalificação e melhoria da infra-estrutura rodoviária nesta zona, que passa pela criação de uma Avenida/Variante de sentido Norte-Sul, e de uma Avenida/Variante de sentido Este-Oeste.
As novas vias e as zonas de influência estão exemplificadas em esboço nas imagens seguintes.
http://s245.photobucket.com/albums/gg64/karlussantus/?action=view¤t=BragaZonaSul.jpg
http://s245.photobucket.com/albums/gg64/karlussantus/?action=view¤t=ZonasdeInfluenciadeBraga.jpg

Esta infra-estrutura é claramente muito mais importante do que a “Variante Nordeste”, a ligar a Variante do Cávado à Variante do Fojo e de Gualtar, que está contemplada na revisão do PDM. Permite a consolidação da cidade contínua além de Ferreiros, integrando a zona da Aveleda-Celeirós-Lomar, e projectando a cidade para a afirmação regional.

Resumindo e concluindo, devia ser realizado um plano de desenvolvimento da zona sudoeste (Sequeira, Aveleda, Celeirós, Lomar, Arcos) que claramente deve passar pela integração na “cidade contínua de Braga”, através do desenvolvimento de novas rodovias, e da melhoria do eixo da N101 desde Ferreiros até Celeirós (MARN), que permitam a criação de uma centralidade que possua os serviços e investimentos privados de projecção regional e transfronteiriça, aproveitando a concentração estratégica dos principais nós de ligação às Auto-Estradas e da “circular” de Braga, e nunca pela criação de núcleos de crescimento em descontinuidade com a cidade de Braga. Além disso em todo o município as novas zonas a urbanizar no novo PDM, devem ser transferidas para as vias e novas vias principais de cariz urbano que irradiem da cidade, e não para inúmeros pequenos arruamentos que irradiam dos centros das freguesias, como infelizmente se tem verificado.
Por: Carlos Santos