17 janeiro, 2009

Podemos trocar os bês pelos vês, mas a honra, essa nunca está à venda

Muito se tem falado e especulado em torno de uma eventual candidatura Independente de Miguel Brito (ex-CDS/PP) à Câmara Municipal de Braga, constituindo uma espécie de lista satélite do Partido Socialista, com o intuito de fragmentar os votos e proporcionar mais um mandato a Mesquita Machado

Pelo que conheço da actividade política de Miguel Brito, sempre nutri certa admiração pessoal por ele, principalmente pela coragem com que enfrentou e defendeu determinados dossiês, apesar de politicamente estarmos longe de perfilhar a mesma ideologia.

Miguel Brito, há 9 anos a esta parte, teve a coragem de denunciar à justiça, uma alegada existência de enriquecimentos ilícitos traduzidos em «sinais exteriores de riqueza» por parte de Mesquita e de alguns funcionários da Câmara.

Em Julho do ano passado, mantinha este tipo de denúncias, questionando mesmo, o facto do inquérito estar aparentemente parado.

Após ter perdido as eleições para a concelhia do CDS/PP, manifestou interesse em manter-se na política activa, mesmo através da participação na lista da coligação “Juntos por Braga”, como independente. Simultaneamente, numa espécie de pura chantagem sobre a referida coligação, não enjeitou a hipótese de encabeçar uma lista de independentes à CMB.

Miguel Brito, sempre defendeu que a derrota de MM, passaria pela união dos eleitores em torno da coligação “juntos por Braga”, tendo para tal, trabalhado afincadamente no projecto durante os últimos 5 anos. Esta união de forças políticas, é vista como a única forma de evitar a dispersão dos votos que só beneficia quem está no poder.

A ser verdade esta candidatura, que é característica dos ressabiados da política (uns até formam partidos novos), não deixa de constituir uma atitude de pura vingança por parte de Miguel Brito, mostrando estar disposto a destruir tudo o que ele próprio ajudou a construir. Mesquita Machado agradece.


Será que o suposto apoio do PS Braga a esta evental candidatura, envolve como moeda de troca, o silenciamento das denúncias efectuadas, sobre da famosa fortuna de Mesquita Machado? Tudo isto em troca de quê? O futuro o dirá.


Os verdadeiros bracarenses podem trocar os bês pelos vês, mas não trocam a honra por nada deste mundo. Ou será que o Dr Miguel Brito passou para o grupo dos que defendem que em política tudo tem o seu preço?

Mário Soares também meteu o socialismo na gaveta, alegando que os burros é que não mudam.
É caso para perguntar ao candidato a candidato: e os burros somos nós?

12 janeiro, 2009

Balada da névoa

Batem leve, levemente,
sempre que chamam por mim,
será a política? será gente?
gente não é, certamente
e a política não se faz assim

É talvez a Democracia,
mas há pouco, há poucochinho.
é palavra proibida,
na cinzenta melancolia,
dos Paços do Município...

Quem voa, assim, levemente,
com tão estranha certeza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é política, nem é gente,
nem é santo, com certeza.

Fui ver. A corrupção crescia,
nem uma névoa, no azul do céu.
O PDM profanaria...
há tanto tráfico de influência!
E que destino, Deus nos deu!

Vejo-o através da vidraça.
Lá vai ele, olhando em frente.
O empreiteiro, quando passa,
os passos imprime e traça
as decisões do presidente



In: Florbela! espanca-os

07 janeiro, 2009

Save the "Sete Fontes"

“Primeiro vieram buscar os ciganos e eu não me importei porque não era cigano;

depois vieram buscar os judeus e também não me importei porque não era judeu;

a seguir os comunistas, depois os liberais e os católicos,

e não protestei porque não era comunista, nem liberal, nem católico;

e quando me vieram buscar a mim já não havia ninguém para me defender!

Depois, veio a Câmara de Braga e trouxe os empreiteiros.

As fontes secaram e da terra brotaram prédios como se fossem cogumelos.